Amadasi e a defesa dos Excluídos

Escultor argentino radicado há 11 anos em São Bernardo , expõe 14 esculturas em Mauá

Mônica Santos - Jornalista

A Casa da Cultura e Museu Barão de Mauá abre hoje, a exposição Excluídos, sim senhor, que reúne esculturas do artista plástico Ricardo Amadasi, argentino que vive desde 1988 em São Bernardo , e desenhos do recifense Mariano Amaral, radicado há nove anos em Santo André.

As peças de Amadasi refletem a preocupação do artista com as desigualdades sociais enfrentadas pela maior parte da população do Brasil. Assim, por meio de peças expressionistas fundidas em resina e poliéster com metal, ele cria situações carregadas de dramas coletivos, em figuras geralmente solitárias e marcadas pelo sofrimento das pessoas socialmente abandonadas.

Em Mauá, Amadasi, exporá 14 esculturas, das quais cinco são inéditas: Mergulho no sistema, Corpo fragmentado, Sem emprego, Sem saída e O cérebro e o sistema. Está última é a maior, com 2,8m de altura, afirma o artista, sobre a obra que retrata um homem pendurado de cabeça para baixo. Completam a exposição no museu mauaense À margem, Retrato de uma criança, Mamãe foi trabalhar, Garoto de rua, Ruptura, A sem terra, Consciência libertadora, Milênio e Sem teto. Tudo isso é resultado de um processo muito trabalhoso. Mesmo trabalhando 24 horas por dia, só consigo produzir uma obra por mês. Como o assunto é amplo, é um projeto que tende a crescer muito mais, diz.

Além da mostra na Casa de Cultura e Museu Barão de Mauá, Amadasi já tem mais duas exposições previstas para este semestre: uma em Santo André e outra em Diadema. Ambas só precisam de definição de datas.

Trecho do texto de Mônica Santos

Consulte Amadasi e a defesa dos excluídos - Diário do Grande ABC, 10 de abril de 1999

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