Arte Pública

Carmen Novo

Convidado para inaugurar a intensa programação do projeto, em reconhecimento por sua atuação e dedicação artística e temas ligados à cidadania e à inclusão social, Amadasi traz a Diadema obras onde a crítica social emociona por meio do deleite estético. Provocador, o artista desafia o primeiro impacto – de fascínio pela beleza das esculturas - , para apontar o aprisionamento social que imobiliza e sufoca as necessidades vitais de movimento e criação.

É a convicção de que a arte pode sensibilizar a sociedade para atitudes concretas em favor da justiça e da ética que Amadasi dedica a sua produção. Por esse motivo, cria esculturas projetadas para residir nas mesmas praças e ruas onde a dureza da realidade convive com momentos mágicos de manifestação do que há de mais nobre no ser humano.

As esculturas de Amadasi, algumas delas retratando a desumanização provocada por uma sociedade injusta, desigual e excludente, consagram na maioria, o esforço pela superação dos limites e barreiras que os aprisionam. Entre o retrato e a denúncia das grades, dos enquadramentos, Amadasi faz da sua obra convite para um movimento de transformação social.

É bem provável, que na contenção dos movimentos sofridos daqueles corpos, esteja uma enorme vontade de poupá-los da dor. Seu desejo secreto deve ser transformá-los em um testemunho de uma época de injustiças sociais.

Trecho do texto de Carmen Novo

Consulte – Exposição “Pela inclusão social” – Diadema/SP – abril de 2000.

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